A empresa Lavoro, membro Guimarães Marca, está a desenvolver um calçado de alta tecnologia ajustado às necessidades e condições do pé diabético.
O objetivo deste projeto, onde integram centros de tecnologia e de investigação, é chegar a um calçado inovador e de alta tecnologia que ultrapasse das limitações e lacunas dos produtos já existentes no mercado. No fundo, procura-se encontrar um sapato que respeite as especificidades do pé diabético, “minimizando o risco de lesão e promovendo o máximo conforto ergonómico (com capacidade de adaptação da forma) e termofisiológico”, explica a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).
O resultado será um “calçado ecológico, impermeável e arejado, que evitará odores e facilitará a circulação sanguínea”, explica Pedro Parreira, da ESenfC. Além destas particularidades, “a palmilha terá características especiais, será removível, de limpeza fácil e integrará agentes terapêuticos”. O sapato terá um peso “reduzido”, um design “apelativo em várias cores”, e “a sola será antiderrapante”, refere o docente.
No futuro, pretende-se que este sapato seja “um dispositivo médico, sustentado em investigação clínica, a ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde”, conclui Pedro Parreira.
Este projeto é uma parceria liderada pela Indústrias e Comércio de Calçado (ICC), concebida pela ESEnfC e integrada pelo Instituto de Polímeros e Compósitos da Universidade do Minho, o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e o Centro de Física das universidades do Minho e do Porto.
O projeto faz parte do programa Science DiabetICC Footwear, co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do programa comunitário Portugal 2020.
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