LLAYER destaca-se na apresentação de cores infinitas numa só bolsa

Amarelo, rosa, azul, verde, preto, branco. Tudo numa só bolsa, para escolher de acordo com a ocasião e liberdade criativa de quem a usa. Este é o conceito inovador de Ana Cotter, arquiteta de Guimarães e criadora da LLAYER, com potencial para transformar por completo a indústria da moda feminina.

A LLAYER, marca de bolsas de senhora em pele natural, propõe-se a reduzir o desperdício de recursos sem comprometer a diversidade e, como tal, apresenta um sem-fim de cores e texturas disponíveis para encaixar na bolsa base.

Na prática, trata-se de uma bolsa à qual se podem acrescentar camadas (layers, em inglês) que transformam por completo a estética do objeto, adaptando-o às diferentes circunstâncias e necessidades de quem o usa, sem a necessidade de comprar um novo.

“O conceito surgiu primeiro, na joalharia, porque sou uma pessoa que não gosta de deitar nada fora “, explica Ana, remetendo para a criação da LLAYER, no ano passado. Depois de passar com o projeto no laboratório de ideias da Universidade do Minho e na Escola de Moda do Porto, agora já aplicado à bolsa, convenceu todos da exclusividade da ideia.

Cada bolsa é composta por molas interiores, escondidas, onde encaixam os respetivos pares das camadas, ocupando e escondendo toda a parte exterior sempre que uma camada nova é colocada. Quando a intenção é mudar novamente de cor, basta tirar uma camada e colocar outra, ou deixar a bolsa com a cor original.

Com isto, o valor do objeto detido pelo cliente é ampliado, pois poupa recursos e tempo, minimizando os desperdícios. As bolsas foram manufaturadas por uma empresa subcontratada para o efeito com acompanhamento pormenorizado de Ana para garantir a resistência de um produto que se pretende que dure muito tempo.

É por isso que as bolsas são feitas em couro natural, um material “versátil, resistente e que volta sempre à forma normal”, sustenta a criadora. Todas as edições da LLAYER são limitadas e a primeira teve só 15 unidades.

Atualmente, Ana está a comercializar a segunda edição, também com poucos exemplares, onde os tons neutros da base contrastam com os padrões mais arrojados das camadas.

Para garantir a resistência sem aumentar o peso da bolsa, as costuras foram evitadas ao máximo. O preço de cada unidade varia entre os 190 e os 450 euros. Já os layers estão disponíveis a partir de 90. Para já, cada camada altera “apenas” a cor e o tecido exteriores, mas o objetivo futuro é fazer com que também a forma possa ser transformada por um layer.