Especializada em felpos, a empresa têxtil tem uma nova linha produção e acabamento de lençóis, que até agora subcontratava fora.

Têxtil vimaranense, liderada por João Almeida, exporta cerca de 80% do que produz para mais de 35 paÃses. © Miguel Pereira/Global Imagens
A JF Almeida, empresa de Moreira de Cónegos especializada na produção de felpos para banho e mesa, está apostada em diversificar a sua oferta e investiu 15 milhões de euros numa nova linha de produção dedicada ao segmento de roupa de cama. Uma área em que estava já a atuar, através da Mi Casa Es Tu Casa, mas que obrigava ao acabamento de muito tecido fora, gerando estrangulamentos na produção. Para melhorar a qualidade e assegurar uma capacidade de resposta mais rápida, a têxtil vimaranense desenvolveu uma nova linha de acabamentos especÃfica para esta área de negócios, que levou ao reforço dos seus quadros com mais 45 pessoas, elevando para 835 o número total de trabalhadores.
O investimento contemplou, ainda, uma nova fábrica, 30 teares e uma série de outros equipamentos produtivos necessários para o efeito. A nova unidade, que fez aumentar para cinco os núcleos produtivos da JF Almeida, todos situados num raio de quatro quilómetros, arrancou em maio. Este ano deverá assegurar um aumento de vendas na ordem dos 10%, mas, no próximo ano, a expectativa é que contribua, no mÃnimo, com 20% das vendas, diz João Almeida, administrador da empresa.
“Há cinco anos que investimos crescentemente em painéis fotovoltaicos, não só por uma questão de sustentabilidade ambiental, mas também financeira, atendendo aos preços do gás”, diz este responsável. Uma aposta que permite assegurar já uma autonomia energética de 18% a 20%, “o que, para uma empresa como a nossa, já é muito bom”, frisa. Recorde-se que a JF Almeida é uma têxtil vertical, que abrange desde as áreas da fiação, tecelagem e tinturaria – esta última com grandes gastos energéticos -mas também a confeção. Novidade é, também, a nova linha de atoalhados técnicos para desporto.
Com 59 milhões de euros de volume de negócios em 2022, a têxtil vimaranense exporta aproximadamente 80% do que produz para mais de 35 paÃses, com especial destaque para França, Espanha e Itália. Está, também, a apostar crescentemente no Canadá e nos Estados Unidos da América. Para este ano, as previsões apontavam para um volume de negócios esperado de 66 milhões de euros, mas João Almeida reconhece que o crescimento poderá ser menor do que o previsto. “Neste momento estamos com uma perda de 3% em relação ao ano passado. Mas, ao que vamos ouvindo, não nos podemos queixar. Temos trabalho”, sublinha.
In: Dinheirovivo.pt