Arrancou ontem, dia 2 de outubro, a segunda edição do Mês da Economia de Guimarães, este ano subordinado ao tema Motores da Nova Economia: Net Zero, Criatividade e Inovação Colaborativa. Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, abriu esta sessão, que decorreu no Teatro Jordão e teve como tema central a Economia de Guimarães: Percurso, Estado e Destino – Preparando o Futuro numa Economia Globalizada em Transição.
Na sua intervenção, Domingos Bragança começou por sublinhar a importância de olhar para o futuro com um planeamento estratégico que transcenda o imediato. “O tempo de hoje é um tempo imediato”, disse, referindo-se à urgência de resultados rápidos, mas contrapondo com a necessidade de uma visão a longo prazo que promova uma economia mais forte, competitiva e sustentável para Guimarães. Ao longo do discurso, foi clara a sua visão de que as transformações estruturais devem ser profundamente pensadas, com o foco em pilares como a inovação, a sustentabilidade e a colaboração.
Entre os seis pontos essenciais mencionados, o estudo “Economia de Guimarães, percurso, estado e destino”, desenvolvido pela Universidade do Minho, foi apresentado como uma ferramenta fundamental para compreender o contexto económico atual e traçar um caminho para o futuro. Além disso, o presidente destacou a urgência de uma transição para uma economia mais verde, defendendo que “o desenvolvimento sustentável não pode ser retórico”.
A inovação colaborativa foi outra prioridade, apontada como uma condição necessária para manter a competitividade das empresas, com Domingos Bragança a afirmar que “a inovação colaborativa é uma imposição dos tempos exigentes de ciência de hoje para a passagem de empresas de mão de obra intensiva para empresas de conhecimento intensivo e feita com as Universidades e os Centros de Investigação”.
Num tom otimista, o edil ainda projetou o futuro de Guimarães em setores emergentes, como a economia aeroespacial e da saúde, apoiada pelo município, pela universidade, CEiiA e pelo Hospital de Guimarães, e terminou, reforçando a importância do papel social das empresas que, além do objetivo central de gerar lucro, desenvolvem a sociedade como um todo, ao integrarem e potenciarem todos os seus recursos”.
Este primeiro evento do Mês da Economia de Guimarães serviu ainda para a apresentação do Estudo que deu nome a esta sessão, da autoria de Francisco Carballo-Cruz, da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e que identifica os principais problemas que afetam o tecido empresarial vimaranense.
Rui Monteiro, Coordenador do Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais do Norte, da CCDR-Norte, foi outro dos intervenientes nesta Sessão de Abertura, que versou acerca da temática “Como Acelerar a Transição da Economia”, referindo que, sobretudo é necessário investir no conhecimento como caminho para uma transição eficiente, e sublinhou que se verifica que os domínios da Criatividade, Moda e Habitats, Mobilidade Sustentável e Transição Energética, Industrialização e Sistemas Avançados de fabrico são aqueles onde a relevância dos efeitos das transições climática e digital é mais significativa.
Coube a António Cunha, Presidente da CCDR-Norte, encerrar esta Sessão de Abertura do Mês da Economia que aproveitou para fazer um paralelo entre o passado da região e o presente, sublinhando a evolução positiva na área industrial e académica, não deixando de frisar a necessidade da continuação da aposta nas colaborações entre a Indústria e a Academia como caminho para a criação e desenvolvimento de produtos que, efetivamente, sejam reconhecidos no mercado como geradores de valor e que coloquem a região na frente do desenvolvimento económico nacional e europeu.
O Mês da Economia decorre durante as cinco semanas de outubro, com diversos eventos orientados para o pensamento económico e que visam lançar os alicerces para a redefinição das políticas económicas a adotar para o futuro da região. Pode conhecer todo o programa e fazer a sua inscrição nos diferentes eventos em https://www.meseconomia.guimaraes.pt.
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