Gunter Pauli é um dos maiores especialistas mundiais em projetos de economia circular. A sessão decorreu esta quarta-feira, dia 21 de outubro, e foi dirigida aos empresários vimaranenses.
Gunter Pauli é um dos maiores especialistas mundiais com os projetos ZERI – think tank e do tank global – e Blue Economy – na abordagem fundacional da Economia Circular. A sua prsença em Guimarães enquadra-se o Planetiers World Gathering 2020 (PWG), o maior evento do mundo dedicado à sustentabilidade da vida no planeta, que decorre em Lisboa nos próximos dias.
O empresário belga destacou que “toda a indústria tem futuro desde que se pense que tem futuro” e sublinha que “este é o ponto de partida”. Entre algumas exemplos evidenciados, realçou o biomimetismo “como área da ciência que deve ser aplicada ao desenvolvimento económico”.
Gunter Pauli propõe a criação da Fábrica do Futuro como um exemplo do potencial transformador benigno dos territórios em termos naturais, bem como dos seus atores industriais e económicos.
O paradigma de desenvolvimento humano seguido pelos países mais desenvolvidos não é sustentável, na medida em que os recursos naturais regeneráveis do planeta não são suficientes. Em média, Portugal encontra-se acima do limiar de bio capacidade. Para reverter os desafios de desenvolvimento mundiais, a ONU criou em 2015 os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a que todos os países se comprometeram e há cerca de um ano a nova Comissão Europeia reforçou as metas anteriores de descarbonização para 2030. Nesta síntese propõe-se um Novo Paradigma para Desenvolvimento Económico e Social de Portugal, que permita identificar e explorar oportunidades de investimento de nova geração, alavancando experiência significativa de aplicação em outras geografias.
Segundo o vereador da Divisão do Desenvolvimento Económico, Ricardo Costa, “a política tem de estar à frente do seu tempo”. Ricardo Costa destacou que, em Guimarães, “o trabalho tem de ser realizado como, por exemplo, o projeto de diagnóstico i9in que está a ser realizado com os centros de conhecimento e as empresas”.